Em 30/01/2018

Canal Rural - CAR: checagem dos dados deve demorar 2 anos 86co


Esse é o plano, por exemplo, no Distrito Federal, que tem 12 mil imóveis imóveis rurais cadastrados por produtores 622k54


O produtor rural ganhou mais tempo para o CAR (Cadastro Ambiental Rural), já que o prazo foi prorrogado até 31 de maio deste ano. O PRA (Programa de Regularização Ambiental) é o segundo o para o produtor ficar em dia com o Código Florestal Brasileiro e não correr o risco de perder o o ao crédito agrícola.

Após esse prazo, nenhuma modalidade de crédito agrícola vai poder ser concedida. “A adesão ao PRA também não vai poder ser requerida, porque o primeiro o para adesão ao PRA é o cadastro no CAR. E também não haverá possibilidade de consolidação de áreas desmatadas antes do dia 22 de julho de 2008 em APP (Área de Preservação Permanente)  e reserva legal de uso ”, diz Bernardo Trovão, coordenador do cadastro do Serviço Florestal Brasileiro.

Técnicos dos órgãos gestores do Cadastro Ambiental Rural de diversos estados já fizeram o curso de capacitação online do Módulo de Análise. Dos 26 estados federativos, além do Distrito Federal, 10 já receberam o módulo e a capacitação presencial. Seis têm sistema próprio e, por isso, não são vinculados ao Serviço Florestal Brasileiro. 10 estados ainda faltam receber o Módulo de Análise e a capacitação presencial. Os técnicos do Distrito Federal aram, nesta semana, por um treinamento para aprender a manusear o sistema e começar a modulação do CAR dos produtores do DF.

“Nosso objetivo é verificar essas áreas que foram declaradas e identificar o que existe de ivo e excedente em relação às áreas de APP, reserva legal e uso . Então nosso objetivo é mostrar as ferramentas no sistema e os filtros automáticos que eles contêm para garantir maior efetividade na análise do CAR”, diz Nathália Carvalho, analista de geoprocessamento da Universidade Federal de Lavras (MG).

Cabe ao Instituto Brasília Ambiental, o Ibram, analisar todos os cadastros recebidos dos produtores rurais do Distrito Federal. Havendo dúvida na informação cadastrada, os técnicos podem ir a campo para uma análise mais detalhada.

“Hoje a gente já tem na base do nosso sistema cerca de 12 mil imóveis rurais, e todos eles serão analisados. Nós iremos receber esses dados, analisar através do sistema que está sendo oferecido pra gente e, havendo alguma dúvida que a tecnologia e a informação georeferenciada não nos forneçam, nós vamos ter que ir a campo. E aí o Ibram está se equipando tanto com instrumentos como GPS, como também computadores com boa tecnologia”, afirma Alisson Neves, coordenador de Flora do Ibram-DF.

Isso evita que cadastros sejam inviabilizados. Caso seja descoberto algum erro ou inverdade nas informações, o produtor vai ser notificado e corre o risco de ter o cadastro cancelado.

“Num primeiro momento, esses proprietários serão notificados a fazer essa retificação nos cadastros, até porque, se eles não fizerem, o cadastro deles poderá ser cancelado, fazendo com que eles não tenham mais o ao crédito rural, não possam ser transferidas as suas propriedades”, diz Dilberto Batista da Silva, gerente do CAR no Ibram-DF.

O CAR teve início em maio de 2014 e, desde então, já recebeu mais de 4 milhões e 700 mil cadastros de imóveis rurais de todo o Brasil. A área cadastrada atingiu 431 milhões de hectares, superior à prevista inicialmente, com base no Censo Agropecuário do IBGE de 2006, o último realizado no país.

“Espero eu que em março a gente consiga iniciar essas análises. A expectativa é que, até o final de 2019, a gente consiga fazer já 90% da nossa malha cadastrada”, diz Neves.

Fonte: Canal Rural



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